Livro mais vendido da série Vaga-lume foi escrito por uma botucatuense

Livro mais vendido da série Vaga-lume foi escrito por uma botucatuense


O livro mais vendido da série Vagalume, é o clássico "A Ilha Perdida" e foi escrito pela autora botucatuense Maria José Dupré, o interessante disso é que a obra se mantém nessa posição desde o lançamento da coleção, há mais de cinco décadas. Isso mesmo, depois de cinquenta anos ele está a frente de mais de 90 títulos lançados pela coleção.

A Editora Ática, responsável pela coleção, faz projeções e estima que o romance já ultrapassa 3,5 milhões de cópias vendidas, em dados que passaram a ser registrado nos últimos 44 anos. 

Não venha me dizer que você não conhece a autora? Ela também responde pior outro clássico da coleção que qualquer bom leitor da terra dos bons ares e das boas escolas deve conhecer, trata-se da obra "A montanha Encantada", que segundo o acadêmico da Academia Botucatuense de letras, Olavo Pinheiro Godoy, tem fortes indícios de ter sido inspirado pelos mitos das Três Pedras.

Livro mais vendido da série Vaga-lume foi escrito por uma botucatuense



Agora ficou curioso né! Pois bem vamos aos fatos o livro “A Ilha Perdida” foi lançado em 1974, como já dissemos, pela escritora Maria José Dupré, que também assinava como Leandro Dupré.

A autora nasceu em Botucatu no dia, 1 de maio de 1898 e faleceu em São Paulo no dia 15 de maio de 1984, porém, apesar de "A Ilha Perdida" estar liderando as vendagens da série Vagalume a meio século, a obra que a tornou famosa em todo o Brasil foi a obra prima "Éramos Seis", isso mesmo aquela novela famosa que recebe o mesmo nome é inspirada nesse livro.



Livro mais vendido da série Vaga-lume foi escrito por uma botucatuense



Outra série de livros que se tornou célebre entre as crianças e jovens de toda uma geração trata-se da coleção infantil o Cachorrinho Samba, inspirado no período em que passou a infância na Fazenda Bela Vista, aqui em Botucatu. Vale lembrar que foi nessa fazenda que ela nasceu e posteriormente residiu também em Vitoriana, distrito da mesma cidade.

A carreira literária entretanto, começou no final da década de 1930, mais precisamente em 1939 publicou o conto Meninas tristes, no então suplemento literário do jornal "O Estado de S. Paulo", onde assinava com o pseudônimo de Mary Joseph.

Produção literária foi incentivada pelo marido


Em uma época extremamente machista, o esposo de Dupré a incentivava e afirmava que suas narrativas eram “contos orais” e que sem dúvidas mereciam ganhar versões  em forma de romance e livro.
Éramos Seis obra prima da botucatuense Maria José Dupré

A sua primeira obra literária foi lançada em 1941, trata-se do "O Romance de Teresa Bernard", porém ela se encontrou mesmo foi na literatura infantil, gênero que ela passa a se dedicar a partir de 1943.


Foi escrevendo para crianças que Dupré conquista méritos e posição entre as principais autoras do gênero de todo o Brasil. Vale deixar claro que além da Série Vaga-Lume a escritora também lançou sucessos na coleção "As Aventuras do Cachorrinho Samba", também da editora Ática e que garantiu a ela o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro.

Maria José Dupré nasceu em Botucatu e era ativista dos Direitos das Mulheres


Livro mais vendido da série Vaga-lume foi escrito por uma botucatuense



Dupré foi bem longe como escritora, vale esclarecer que ela integrou a diretoria da Sociedade Paulista de Escritores, foi também vice-presidente da Creche Baronesa de Limeira e da entidade beneficente Gota de Leite – trabalhos feministas.

Era uma ativista dos direitos das mulheres, conhecida por comandar lutas feministas do Brasil nas décadas de 1930 e também na década de 1940

Agora fica a pergunta? Você conhece ou gosta da série de livros? Se gostava vamos lhe revelar algo interessante, a coleção foi nos anos 1970, e ainda faz parte da infância e adolescência de muito jovem em adulto.

O que tenho convicção de que poucos botucatuenses sabem é que outro escritor de Botucatu lançou obras pela Vaga-lume e integra o seleto casting de autores da editora, trata-se do autor de literatura infanto-juvenil, Francisco Marins. Mas essa é um outra história e deixaremos para uma outra postagem.

Por Renato Fernandes
 

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