O Brasil sempre teve os maiores juros do mundo tornando os empréstimos para pessoas físicas e empresas muito caras e assim reprimindo o consumo e impossibilitando das empresas crescerem. Nesta década, inicialmente em 2015, a taxa básica de juros da economia - a Selic, chegou a 14,25% ao ano e continuou até 2016.
“Coincidentemente” foi o período mais agudo da crise brasileira com queda superior a 7% do PIB. Porém, com a economia em baixa, e juros altos de 14,25% e ainda com o Governo tentando baixar a alta inflação, acima de 10% ao ano, os investimentos em renda fixa (especialmente os Títulos do Governo conhecidos como Tesouro Direto), se tornavam muito atrativos. Pois sem fazer absolutamente nada os investidores ganhavam rentabilidades acima de 14,25% ao ano. Eu mesmo cheguei a lucrar 16%.
Passada aquela tempestade, hoje a economia teve uma leve melhora e o juros (a Selic) caiu para 6,5% ao ano com a inflação controlada em torno de 4%. Isso torna os investimentos em renda fixa menos interessantes, porém o custo do dinheiro fica mais barato para as empresas investirem e assim crescerem.
Consequentemente se as projeções para as empresas são melhores agora então investir nelas se torna mais confiável além de mais rentável do que a renda fixa.
Se essas projeções se confirmarem por meio da aprovação da Reforma da Previdência e outras reformas também necessárias para o país, investir nas empresas no mercado financeiro se tornarão muito mais interessantes sob a ótica da rentabilidade e o seu patrimônio no longo prazo pode crescer muito mais do que os 6,5% pagos hoje na Selic pelo Governo.
Mostramos para vocês
Na primeira imagem é o conjunto das ações que compõem o índice Ibovespa. As ações subiram devido a estabilização dos juros e da inflação e com a expectativa da aprovação das reformas.
A segunda imagem é taxa dos juros Selic, em queda e portanto pagando menos para investimentos mais conservadores como a renda fixa.
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Por: Fernando de Camargo
Conselheiro Financeiro - Graduado em Gestão Financeira com certificação da ANBIMA - Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais - Tel: (14) 3354-3672 - (14) 9975-42707
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