Quadrinista de Bauru, Pedro Neto Bass Singer lança gibis com personagens evangélicos |
Olha que história interessante, em 2018, o bauruense Pedro Neto Bass Singer, 34 anos, começou a desenhar e, desde então é o exemplo vivo de que nunca é tarde para iniciar uma nova atividade, desde que acredite no sonho.
Apesar de pouco tempo na arte decidiu que não ficaria apenas nos desenhos soltos e básicos e decidiu produzir histórias em quadrinhos. “Tenho cinco 5 heróis evangélicos que criei. São eles The Cristman , The Fatman, The Green, Angelgirl e o Bauruense”, apresenta.
De acordo com o autor a paixão pelos quadrinhos, certamente remonta seu tempo de criança, quando acompanhava o trabalho dos quadrinistas americanos Stan Lee e Jack Kirby.
Essa aproximação com os quadrinhos americanos fez de Neto um fã fiel do herói Incrível Hulk, da Marvel. Com os quadrinhos o artista garante que ao mesmo em que divulga o universo evangélico com heróis cristãos, ele consegue ainda alcançar adeptos da cultura nerd.
Um quadrinista 100% independente
Porém, sua produção independente não é ligada a editoras ou gráficas, é tudo feito artesanalmente. “Meus gibis são feitos à moda antiga, em folha sulfite A4, capa colorida e miolo preto e branco. Vendo cada exemplar ao preço simbólico de R$10”, diz.
O artista utiliza as redes sociais para vender suas obras, entretanto lamenta a falta de incentivos para a produção de quadrinhos nacionais. “Gosto muito dos gibis nacionais. Mas, o mercado de quadrinhos brasileiros é fraco, não tem patrocínios e muito menos incentivos”, diz.
Com certeza Neto é um grande apoiador do trabalho autoral nacional e garante que os brasileiros possuem muito talento. Mas faltam oportunidades devido a ausência de recursos.
“Assim como eu, muitos fazem os fanzines e apresentam um material mais barato. Outros já preferem vender em formatos digitais, entretanto eu realmente ainda gosto do papel impresso”, ressalta.
Apesar de ser um fiel adepto dos quadrinhos em papel, Neto se preocupa com o fechamento de bancas de jornal editoras, mas acredita piamente que isso se deve à crise financeira nacional.
“Não acho que a internet venha a substituir o papel, na verdade muitos não possuem acesso aos quadrinhos digitais e vai continuar comprando em livrarias sebos. Provavelmente editoras e bancas estão fechando as portas, por razões econômicas e não pela falta de colecionadores de HQ’s”.
Conheça o trabalho de Neto através de sua editora - O Herói
Texto de Renato Fernandes - In Loco Comunicação
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