Menina abusada por adolescente em entidade assistencial denunciou crime para avó: 'Tirou minha roupa forçadamente'

Menina abusada por adolescente em entidade assistencial denunciou crime para avó: 'Tirou minha roupa forçadamente'



A menina de 11 anos que foi abusada sexualmente por um adolescente de 17 em uma entidade assistencial em Capivari (SP), disse para a avó que teve sua roupa tirada forçadamente. O crime aconteceu na quarta-feira (23) e foi denunciado à Polícia Civil pelo Conselho Tutelar. O adolescente suspeito do abuso foi apreendido.

Em entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo, a avó da vítima disse que a menina implorou para ser tirada do abrigo e relatou a violência sexual sofrida. A avó, que teve a identidade preservada pelo g1 assim como a vítima, disse que acordou com um sentimento ruim e que decidiu ir visitar as netas na associação.

"Ela chegou e falou: 'vó, aconteceu uma coisa estranha na associação essa noite. Um menino entrou no meu quarto, tirou a roupa, tirou minha roupa forçadamente, puxou minha calça e eu gritei para as tias e as tias entraram no quarto e ainda ficaram bravas comigo [...] vó, me ajuda, eu não estou aguentando mais ficar lá'" [sic], relatou a parente.

A avó da vítima afirma que a menina e a irmã, de apenas dois anos, estavam há cerca de cinco meses na instituição. Elas teriam sido abrigadas na entidade assistencial após a prisão da mãe delas por tráfico de drogas. A parente também relatou que a instituição sabia sobre o interesse do adolescente pela vítima, mas que não tomou nenhuma providência para evitar o ocorrido.

Segundo a avó, desde que as crianças foram levadas para a entidade assistencial ela luta para conseguir a guarda das netas. Ela costumava visitar as meninas no abrigo.

"O juiz tinha pedido para o Conselho Tutelar ir no meu serviço para perguntar se eu queria ficar com as meninas [quando a mãe delas foi presa]. Aí eu falei que não, por que quem tinha que cuidar era a minha filha, e não eu. Mas eu não sabia que o juiz ia recolher minhas netas. Se eles tivessem falado, eu tinha assinado o termo [aceitando a guarda]. Aí levaram as minhas netas lá para a instituição", relatou.

Procurada pelo g1, a entidade assistencial informou que tomou todas as medidas necessárias, e disse que não vai passar informações sobre o caso por envolver uma vítima menor de idade.

Do G1
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