Você sabia que muitas novelas que hoje você assiste, ou assistiu na Rede Globo de Televisão foram escritas pelo novelista botucatuense Alcides Nogueira Pinto. Clássicos como Tempo de Amar (2017), O Salvador da Pátria (1989), A Próxima Vítima (1995), Rainha da Sucata (1990), O Astro (2011), Ciranda de Pedra (2008), entre outras, tem o botucatuense como colaborador ou autor principal.
Nogueira nasceu em Botucatu no dia 28 de outubro de 1949, e estudou na atual EECA (Escola Estadual Cardoso de Almeida), onde fez o primário, o antigo ginasial e colegial. Sua carreira começou por volta de 1966 no Taenca (Teatro Amador da Escola Normal Cardoso de Almeida), onde escrevia e dirigia espetáculos teatrais de vários gêneros.
O escritor também estudou piano na cidade de Botucatu, no então Conservatório Musical do Colégio Santa Marcelina.
Sua origem é de família tradicional, seu pai era médico e também escritor, por esse motivo cresceu num ambiente culto, aprendeu a ler e escrever antes de começar a frequentar a escola. De início, sonhava em ser diplomata, porém formou-se em direito na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, com pós-graduação em direito autoral. Ganhou o Emmy Internacional de Melhor Telenovela em 2011 por "O Astro", exibido na rede Globo de Televisão.
Em 1977, escreveu sua primeira peça teatral, chamada "A Farsa da Noiva Bombardeada", que lhe rendeu problemas com a censura. Em 1981 acontece o primeiro sucesso o espetáculo "Lua de Cetim", que lhe rende dezesseis prêmios.
Primeiro sucesso de Alcides foi a adaptação do romance Feliz Ano Velho para o teatro
Porém, o primeiro grande sucesso vem mesmo a ser a adaptação para teatro que Alcides faz do livro "Feliz Ano Velho'', de Marcelo Rubens Paiva.
Os primeiros trabalhos de Alcides Nogueira para a televisão foram em programas educativos e em textos para o Caso Verdade e para a série Joana (1984). Sua estreia em telenovelas acontece neste mesmo ano, como colaborador de Walter Negrão em Livre para Voar. No ano seguinte, faz sua estreia como autor-solo em “De Quina pra Lua”. Ainda na década de 1980 é coautor de Direito de Amar (1987) e O Salvador da Pátria (1989).
Atuou como coautor de Silvio de Abreu em várias novelas, dentre as quais Rainha da Sucata (1990), Deus Nos Acuda (1992), A Próxima Vítima (1995), Torre de Babel (1998) e As Filhas da Mãe (2001). Em 1997 escreve outra novela-solo, O Amor Está no Ar, lembrada pela abordagem da cultura judaica.
Em 1999, escreveu junto com Gilberto Braga a novela, Força de um Desejo para o horário das seis. Na década de 2000, estabelece uma parceria com Maria Adelaide Amaral, escrevendo as minisséries de sucesso Um Só Coração (2004).
Em 2008, escreveu para o horário das 18 horas, a novela Ciranda de Pedra, segunda adaptação do romance de mesmo nome, de Lygia Fagundes Telles. O mesmo já havia sido adaptado anteriormente por Teixeira Filho em 1981.
No teatro, outras obras de Alcides Nogueira são Pólvora e Poesia, pela qual recebeu o Prêmio Shell de melhor autor, Paris Belfort, Gertrude Stein, Alice Toklas & Pablo Picasso, A Javanesa e Ópera Joyce. Em 2011 escreveu, junto com Geraldo Carneiro e a colaboração de Tarcísio Lara Puiati e Vitor de Oliveira, a novela O Astro, primeira a ser exibida no denominado horário novela das onze, estreou em 12 de julho de 2011, com direção geral de Mauro Mendonça Filho e direção de núcleo de Roberto Talma.
A trama é um remake da novela de mesmo nome, exibida no horário das 20h entre 1977 e 1978, de Janete Clair, dirigida por Daniel Filho. Foi seu primeiro sucesso como autor principal em novelas. Recentemente, em parceria com Mário Teixeira, teve a sinopse de uma novela das 18h, com título de I Love Paraisópolis aprovada pela Globo, e que estreou no dia 11 de maio de 2015.
Também é autor da novela Tempo de Amar em parceria com Bia Corrêa do Lago e com direção de Jayme Monjardim. e que foi ao ar entre os dias 26 de setembro de 2017 a 19 de março de 2018 em 148 capítulos.
Alcides Nogueira se destaca entre outros grandes autores nascidos ou que residiram em Botucatu por algum tempo, entre eles Maria José Duprê, Francisco Marins, entre outros
Por Renato Fernandes
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