Casa e escritório de ex-prefeito de Engenheiro Coelho são alvos de busca em operação contra crimes de parcelamento do solo

Casa e escritório de ex-prefeito de Engenheiro Coelho são alvos de busca em operação contra crimes de parcelamento do solo


O Ministério Público (MP-SP) e o Batalhão de Ações Especiais da Polícia (Baep) cumpriram mandados de busca e apreensão na casa e no escritório do ex-prefeito de Engenheiro Coelho (SP), Pedro Franco de Oliveira. O MP realiza a "Operação Burgo", em que apura crimes no parcelamento de solo.

Segundo apuração da EPTV, afiliada TV Globo, parte dos mandados foram cumpridos na empresa Uniforte, que seria de um familiar do ex-prefeito, dentro da sala do político, além de a casa dele. Pedro foi o chefe do Executivo na cidade de 2013 a 2020. Os policiais do Baep apreenderam celulares e computadores nos locais.

Segundo o MP, foi instaurado um Procedimento Investigatório Criminal pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com objetivo de apurar crimes de corrupção ativa e corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsidades e promoção de organização criminosa.

Os crimes estariam relacionados ao parcelamento de solo urbano e construção de condomínios fechados em Engenheiro Coelho, com possível envolvimento de empresas de Limeira. Após oitiva de testemunhas, foi iniciada uma investigação do caso, que resultou nos 15 mandados cumpridos nesta sexta.

O MP não divulgou o nome das pessoas e empresas que são investigadas por possível envolvimento nos crimes.

Em nota por meio de seu advogado, o ex-prefeito negou atitudes ilícitas e disse que sempre agiu dentro das leis. "As denúncias objeto da investigação não se passam de denúncias infundadas e políticas de grupos opositores políticos." Ele diz que vai colaborar com a Justiça para esclarecer a situação.

A empresa Uniforte, alvo de mandado nesta sexta, também enviou nota por meio de advogado. Ele informou que tem negócios no ramo imobiliário e que todos foram declarados e corretos. Também informou que vai colaborar para esclarecer o que chamou de "mal entendido".

O g1 questionou a prefeitura sobre o possível envolvimento de funcionários públicos do município citado pelo MP. A administração informou que nenhum órgão público foi alvo de ação de busca e apreensão e que não recebeu informação oficial sobre eventuais irregularidades praticadas ou com envolvimento de servidores.

"Cabe reforçar que a atual gestão não possuiu loteamentos fechados aprovados e não tem relação com empreendimentos aprovados em gestões passadas."

Operação

De acordo com o Gaeco, foram identificadas empresas que teriam ligação com os empreendimentos imobiliários e que poderiam estar envolvidas nas irregularidades, que seriam praticadas, em tese, por funcionários públicos, empresários e outras pessoas.

Segundo relatado pelas testemunhas, havia solicitação de vantagem indevida por parte de funcionários públicos para que os loteamentos fossem realizados e não tivesse "empecilhos" impostos pela prefeitura. As vantagens teriam sido pagas por meio da entrega de terrenos nos próprios empreendimentos imobiliários e estabelecimento de contratos entre os envolvidos.

Durante o início da investigação foram feitas diligências e houve quebra de sigilo telefônico, que resultaram em relatórios técnicos. Com base nisso, na manhã desta sexta foi deflagrada a operação.

Ao todo são 15 mandados de busca e apreensão, relacionados a nove pessoas físicas e oito pessoas jurídicas, sendo que algumas estão sediadas no mesmo endereço.

O cumprimento dos mandados teve a atuação de 12 promotores de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo, além de 16 viaturas e 48 policiais do 10º Baep de Piracicaba.

As investigações continuam e os investigados ainda devem prestar depoimento e se manifestar sobre o caso. "Ao final, será analisada eventual possibilidade de oferecimento de denúncia ou adoção de outras medidas adequadas", informou o MP.

Do G1
 

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