É fato, a reforma vai diminuir seus direitos e sua aposentadoria. A situação fiscal que deixaram o país é tão grave que para reverter este quadro só mesmo com soluções mais firmes. Não da mais para ficar adiando com jeitinhos.
A má gestão e a falta de Reformas resulta o que já vivenciamos hoje com desemprego alto, salários parcelados e serviços públicos precários. Somado a isso existe a falta de confiança dos empresários que não investem no país por ameaça do desequilíbrio fiscal brasileira em seus negócios com baixa demanda causada pelo alto nível de desemprego, endividamento das pessoas e alta probabilidade de calote pois até servidores estão com salários atrasados.
Abaixo cito os principais problemas
EDUCAÇÃO. Embora sejamos o país que muito desembolsa em relação ao PIB, nossos índices avaliado pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) são péssimos, professores não são valorizados e as condições de trabalhos são degradantes.
Desempenho no PISA está bem abaixo da média dos países da OECD - geralmente composta por países desenvolvidos. Educação é investimento de longo prazo pois promove o bem-estar e a produtividade.
Média OECD
E Brasil na pontuação média de ciências
INFRAESTRUTURA - muitas obras que poderiam tornar o país mais produtivo e com a logística mais eficiente ficaram só na promessa ou estão paradas (ex: Obras da transposição do rio São Francisco / Modal ferroviário sucateado)
PREVIDÊNCIA - Para os Governantes se manterem no poder cujo objetivo é angariar votos inchou o Estado com contratações e remunerações elevadas e hoje sofremos com mais pagamentos de aposentados do que servidores na ativa.
Além disso a taxa de fecundidade brasileira caiu de 6 filhos por mulher em 1960 para menos de 2 atualmente, o que mais uma vez contribui para aumentar o déficit previdenciário e evidencia a urgência dessa reforma.
Resolver a situação fiscal passa urgentemente pela Previdência pois os recursos da Saúde, Educação, etc ... estão indo para cobrir despesas obrigatórias como os já citados pagamentos de aposentados.
Destaco dois pontos mais relevantes da reforma para o trabalhador
Abono salarial pago no valor de 1 salário mínimo pode reduzir para quem recebe de 2 salários para 1 salário mínimo (estão negociando o meio termo talvez 1.4 do salário min.)Aposentadorias serão reduzidas para 60% da média aritmética das remunerações ao longo dos 20 anos de contribuição e só 100% da média se contribuir por 40 anos. Se trabalhar mais de 40, respeitando a idade mínima, poderá receber a aposentadoria acima da sua média de salário.
O lado positivo da reforma
A Reforma juntamente com outros incentivos ao ambiente econômico estimulará o empreendedorismo, o crescimento das empresas, a criação de empregos e diminuirá as desigualdades.
Mas alguns podem perguntar: "Como as reformas reduzem as desigualdades e melhoram a qualidade de vida se retira direitos ?"
Pelo simples fato de quem deve gerar renda, empregar é a iniciativa privada. O excesso de direitos desestimula a geração de empregos pois o custo por trabalhador é alto e consequentemente o Governo recolhe impostos insuficientes para pagar a inchada máquina pública e ainda fazer investimentos.
Cabe ao Estado o papel de servir o cidadão com serviços públicos descentes e promover o bem-estar social com políticas públicas sérias.
A razão de não crescermos de forma sustentável é o fato do Estado fazer esse papel que deveria ser da iniciativa privada, inflando o número de servidores (na essência eles não geram lucros só despesas) e intervindo em tudo.
Consequência disso são recursos que deveriam servir a sociedade estão sendo alocados na contratação de novos servidores tornando o país mais engessado, burocrático e com alta carga tributária - já que são os excessos de direitos e altas remunerações dos servidores que sugam boa parte dos nossos impostos.
Portanto as reformas como da previdência e tributária junto com as privatizações visam corrigir essas distorções, aliviando os custos trabalhistas das empresas permitindo mais contratações, investimentos, e o Governo fazendo a sua parte com melhores serviços públicos inclusive reduzindo a carga tributária já que desinchar a máquina pública demandaria menos impostos
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Por: Fernando de Camargo
Conselheiro Financeiro - Graduado em Gestão Financeira com certificação da ANBIMA - Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais - Tel: (14) 3354-3672 - (14) 9975-42707
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